Antes mesmo de chegar aos músculos, o nitrato passa por um processo que depende diretamente da sua microbiota bucal e intestinal.
Esse detalhe faz toda a diferença no resultado da suplementação — tanto na performance esportiva quanto na saúde cardiovascular, cognição, saúde da mulher.
O caminho do nitrato no corpo
Quando consumimos nitrato, seja pela beterraba, vegetais folhosos ou suplementos, ele precisa ser convertido até chegar à forma ativa: o óxido nítrico (NO).
O óxido nítrico é responsável por:
- Melhorar o fluxo sanguíneo
- Facilitar a oxigenação muscular
- Aumentar a eficiência do exercício
- Reduzir a fadiga durante esforços intensos
Mas essa conversão não acontece sozinha. Ela depende da presença equilibrada de bactérias.
O papel da microbiota bucal
Na boca, especialmente no dorso da língua, vivem bactérias que transformam o nitrato em nitrito, um passo essencial para a produção de óxido nítrico.
Quando essa microbiota está saudável, o corpo aproveita melhor o nitrato.
Mas alguns hábitos podem reduzir essas bactérias, diminuindo o efeito da suplementação. Por exemplo:
- Uso frequente de enxaguantes antibacterianos
- Baixa produção de saliva (comum em desidratação, estresse ou respiração bucal)
- Alterações na saúde bucal em geral
Ou seja: nem sempre “bactéria” é vilã — algumas delas são fundamentais para a sua performance.
O intestino fecha o ciclo
Depois da conversão inicial na boca, o nitrato segue para o intestino, onde é absorvido e continua participando do ciclo do nitrato com ajuda da microbiota intestinal.
Uma microbiota intestinal equilibrada, com boa diversidade bacteriana, favorece essa transformação.
Quando o intestino está desequilibrado, o aproveitamento do nitrato diminui.
O que pode prejudicar essa etapa:
- Disbiose intestinal
- Uso recente de antibióticos
- Dietas pobres em fibras e vegetais
- Inflamações ou irritações intestinais

