Sabemos que diversos fatores podem interferir no desempenho físico, como fatores genéticos e ambientais, tipo de treino e intensidade. Em relação à nutrição, ela tem sido relacionada com os resultados obtidos, pois a ingestão de líquidos e o manejo dietético são componentes essenciais para a melhora do desempenho (DA SILVA et al., 2019).
As escolhas alimentares que fazem parte da dieta de um praticante de atividade física são fundamentais para a manutenção da saúde desses indivíduos, porque além de controlar o peso e a composição corporal, os nutrientes ali presentes podem favorecer a melhora do desempenho nos treinos e consequentemente contribuir para o alcance dos resultados desejados (DA SILVA et al., 2019).
De acordo com Da Silva et al. (2019), a dieta deve fornecer quantidades de energia e de nutrientes necessários para as adaptações fisiológicas e metabólicas ao exercício. Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), a refeição que antecede os treinos deve ser:
• Suficiente na quantidade de líquidos para manter hidratação;
• Pobre em gorduras e fibras para facilitar o esvaziamento gástrico;
• Rica em carboidratos para manter a glicemia e maximizar os estoques de glicogênio
• Moderada na quantidade de proteínas. (DA SILVA et al., 2019).
Nutriente x Índice glicêmico
Dentre os nutrientes, é amplamente reconhecida a importância do carboidrato como combustível energético para a contração muscular durante o exercício prolongado realizado sob intensidade moderada e em exercícios de alta intensidade e curta duração (DA SILVA et al., 2019).
Assim o seu consumo antes do exercício é importante para manter a glicemia, a atividade muscular e para recuperar o glicogênio muscular (DA SILVA et al., 2019).
Conforme mostra Da Silva et al. (2021), saber sobre o índice glicêmico (IG) dos alimentos pode contribuir para uma ótima intervenção nutricional para os indivíduos que praticam exercícios físicos, desportistas e atletas, melhorando o desempenho e rendimento no exercício físico.
Isso ocorre pelo fato de que o tipo de carboidrato e o período de ingestão influenciar a reposição dos estoques de glicogênio, uma vez que quedas acentuadas na concentração de glicogênio muscular levam à fadiga muscular e, consequentemente, ao declínio no desempenho (DA SILVA et al., 2021).
O que é índice glicêmico?
O IG refere-se à velocidade com que a glicemia aumenta após a ingestão de alimentos que contêm carboidratos, expressando a capacidade que o carboidrato contido em um determinado alimento tem de elevar a glicemia (DA SILVA et al., 2021).
Os alimentos podem ser classificados em alimentos de:
• Alto IG: provocam uma resposta glicêmica rápida;
• Moderado IG: provocam uma resposta glicêmica média;
• Baixo IG: provocam uma resposta glicêmica lenta e constante. (DA SILVA et al., 2021).
Portanto, no ambiente esportivo, a taxa na qual a glicose é usada como substrato energético durante a atividade é um fator importante a ser investigado para o favorecimento da performance esportiva (DA SILVA et al., 2021).
Como o índice glicêmico afeta no treino?
Como relatado acima, a adoção de uma conduta nutricional adequada para atletas visa evitar a perda de massa magra e garantir a manutenção da composição corporal adequada para a prática da atividade física, bem como evitar a ocorrência de possíveis deficiências nutricionais que possam vir a interferir no desempenho físico (MORI et al., 2018).
Com isso, o uso de carboidratos como recurso ergogênico antes da atividade física para aumento do desempenho esportivo tem sido indicado como substrato determinante no aumento da performance (MORI et al., 2018).
Pois, o exercício prolongado diminui acentuadamente os níveis de glicogênio muscular, onde há a constante preocupação com sua correta reposição. Desta forma, é importante a correta ingestão de carboidratos durante os treinos, dependendo de sua duração e intensidade (MORI et al., 2018).
Uma das principais vantagens da ingestão de carboidratos durante o exercício é a manutenção da glicemia, pois possibilita que a glicose sanguínea sustente por período prolongado a demanda energética dos músculos e esses possam reduzir a taxa de depleção do glicogênio, o que aumenta a capacidade de se manter em atividade (MORI et al., 2018).
Segundo Mori et al. (2018), o uso de alimentos com IG moderado a alto oferece mais benefícios do que alimentos com baixo IG para o reabastecimento rápido dos carboidratos após o exercício prolongado. No período imediato após o exercício, três aspectos contribuem para que o processo de ressíntese do glicogênio seja mais eficiente:
• durante o exercício e alguns minutos após seu final, os músculos são aptos a captar glicose independentemente do estímulo da insulina;
• o exercício também aumenta a sensibilidade dos músculos à ação da insulina que é secretada após o estímulo da glicose;
• o exercício e a concentração diminuída de glicogênio aumentam a atividade da enzima.
Ainda relatado por Mori et al. (2018), um estudo analisou as respostas glicêmicas de vinte indivíduos através da ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico antes de iniciar uma corrida de 5km, em jejum. Os dados desse estudo mostraram que a ingestão de carboidrato possibilitou a melhora do desempenho devido ao aumento da glicemia nos minutos iniciais da corrida.
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Referências
DA SILVA, M. A.; et al. Avaliação dos efeitos da ingestão prévia de carboidratos sobre a resposta glicêmica de praticantes de musculação. RBNE – Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 12, n. 76, p. 1011-1019, 1 jan. 2019. Disponível em: http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1199. Acesso em: 17 mar. 2023.
DA SILVA, A.D.B.B; et al. Avaliação do consumo alimentar de praticantes de musculação segundo índice glicêmico dos alimentos: uma revisão bibliográfica. Revista Brasileira de Revista de Saúde, [S. l.], v. 4, n. 4, pág. 18116–18132, 2021. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/35078/pdf. Acesso em: 17 mar. 2023.
MORI, E; et al. A influência do uso de carboidratos sobre o desempenho físico: revisão sistemática. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, [S. l.], v. 5, n. 15, p. 33–38, 2018. DOI: 10.16891/382. Disponível em: https://interfaces.unileao.edu.br/index.php/revista-interfaces/article/view/382. Acesso em: 17 mar. 2023.