Quando o assunto é saúde e ganho de massa muscular, muita gente pensa logo em alimentação e treino — e com razão! Mas tem um fator muitas vezes esquecido que é essencial nesse processo: o sono.
Sono ruim e perda muscular: o que isso tem a ver?
Com a correria do dia a dia, o sono tem sido cada vez mais prejudicado. O uso excessivo de telas à noite, má alimentação e sedentarismo podem bagunçar nosso relógio biológico, conhecido como ritmo circadiano, o que impacta diretamente a saúde muscular.
Além disso, com o passar dos anos, é natural que a massa muscular diminua. A partir dos 30 anos, esse processo começa, e depois dos 65, a perda pode chegar a 1% por ano. Se o sono não estiver em dia, essa perda pode ser ainda maior.
O que acontece no corpo quando dormimos mal?
Dormir pouco ou de forma irregular pode atrapalhar a síntese proteica, ou seja, a capacidade do corpo de construir e manter músculos. Isso acontece porque o sono afeta hormônios importantes: ele aumenta o cortisol (hormônio do estresse) e diminui os hormônios anabólicos, que ajudam na construção muscular.
Com o tempo, isso pode levar à perda de massa magra, resistência à insulina e até a uma condição chamada obesidade sarcopênica, quando há excesso de gordura e pouca massa muscular ao mesmo tempo.
E o papel do exercício?
A boa notícia é que o exercício físico pode ajudar, e muito! Treinos de força, como a musculação, ajudam o corpo a produzir mais massa muscular e também melhoram a qualidade do sono. Isso cria um ciclo positivo: dormir melhor → mais ganho de massa muscular → mais disposição para treinar → sono ainda melhor.
Mas atenção: o ideal é ter uma rotina equilibrada, com alimentação adequada, horários regulares para dormir e acordar, e treinos ajustados à sua realidade.